Eu leio porque preciso. Porque gosto.
Leio para viajar, descansar, distrair-me. Para saber, conhecer, pesquisar, esclarecer. Mas principalmente por prazer.
Leio por lazer, assim como quem assiste televisão.
Sempre digo que aquela clássica frase “o livro é melhor do que o filme”, é verdadeira porque existe a imaginação. O filme é uma tentativa do diretor em colocar na tela a sua visão da história lida. É a imaginação dele. Ou uma versão pobre da imaginação dele. A minha história imaginada tem grandes chances de ser diferente. E pela nossa natural modéstia humana, melhor.
Eu leio porque gosto de imaginar.
Não gosto de distinções. Leio de tudo um pouco. Posso achar o livro ruim. E isto me fará pensar em porque acho ele ruim. E se eu for escrever, lembrarei do que não gostei naquele jeito de escrever.
Eu leio porque isso me faz escrever melhor.
Com quem conversamos enquanto lemos?
Eu leio porque isso me enriquece. Mas será mesmo? Eu leio porque enquanto leio, converso comigo. Com o autor? Com os personagens? Penso que não exatamente com eles, mas com um eu que os interpreta. Eu me leio.
Eu leio porque me reconheço.
Aqueles personagens amados ou odiados. Aquele autor da teoria social que traduz o que pensamos. Aquele outro que nos contradiz e usa argumentos consistentes e nos força a pensar ainda mais na procura por contra argumentos.
Eu leio porque isso me faz vivo.
Leio porque a leitura é uma bóia jogada ao náufrago.
domingo, 2 de agosto de 2009
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