“Você deve estar lembrado de que eu quis ler Hamilton porque minha banda preferida de rock vai intitular o próximo álbum inspirado em um de seus livros, e se isso parecer um motivo idiota (e ridiculamente não literário) de desenterrar um clássico de pequeno porte, bem, só lamento.” Frenesi Polissilábico – Nick Hornby – pág. 73
E você, como escolhe um livro?
Eu escolho de diversas formas, e a escolha da “forma da vez” não segue um padrão coerente.
Pela capa. Pelo título. Pelo estilo. Pelo autor. Por causa de uma resenha. Por uma recomendação. Por uma referência em uma música, filme ou outro livro. Pela premiação. O motivo da escolha pode ser muito fútil (o que isso importa?). E acho que na maior parte das vezes é uma conjugação de alguns desses fatores listados.
Escolher um livro é sempre uma experiência. Às vezes fico passeando na frente da estante. Passando a mão nos livros. Folheando um e devolvendo-o ao seu sono. Antes de terminar de ler um, já começo a pensar em qual pode ser o próximo autor. Em quem me acompanhará na próxima jornada.
Em geral não gosto da repetição. Mas às vezes acontece. E se acontece é porque quis. Ou porque não quis, mas imaginava que seriam autores diferentes entre si. Ano passado li seis livros que a princípio deveriam ser diferentes. E são diferentes. Mas ao final eu já não suportava tanto vazio e desespero, tema que, apesar das diferenças entre as histórias, transpassou todas elas. Eu apelidei-os de livros do desespero, do vazio ou da desesperança. Bartleby, o escriturário – Herman Melville; Leviatan – Paul Auster; Morte em Veneza – Thomas Mann; Cidade de vidro (em quadrinhos) – Paul Auster; Sandman, Estação das Brumas (quadrinhos) – Neil Gaiman e (você pode achar estranho, mas qualquer dia escrevo mais sobre a série da desesperança e cada um dos seus títulos) Harry Potter e o enigma do príncipe – J. K. Rowling.
E de repente sinto que estou perdendo a linha do raciocínio. Mas o que quero dizer realmente e tem relação com a escolha, é que procuro livros que não se repitam. Ao menos não na sequência.
Outras vezes a escolha se dá com meses de antecedência, mas vai sendo protelada num namoro demorado. Eu olho, ele olha. Hesito. Leio outro e a vontade só aumenta. Pego na mão. Folheio. Largo. Até que acontece.
Mas como se escolhe um livro? Como você escolhe um livro? Tento compreender o processo. Admiro-o.
Livros lidos por obrigação (estudo, trabalho, ou sei lá que motivo) não entram na categoria dos “livros escolhidos”. São um caso a parte.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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eu gosto quando um livro me escolhe...
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