quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Nome próprio

Uma ótima atuação de Leandra Leal, superando-se para incorporar um personagem que no nosso imaginário não parece combinar com ela.
A história (que história?) é uma elegia à decadência planejada. A decadência com um botão de ejetar (pais) sempre ali a mão.
Bom, é isso. Não há mais o que falar sobre este filme. Não há o que falar.


Mas talvez aí resida a sua história. Uma história de vazio. De uma busca pelo nada.
Entender que a história não existe porque a personagem não tem uma história. Perdeu-se. Se é possível perder-se sem nunca ter-se encontrado.

O recurso usado para a escrita da personagem é muito bom, mas cansa. Muitas vezes muitas vezes muitas vezes. Sim, os textos são legais, mas sempre aquele recurso que estragou-se de tanto usar.

Mas é possível perder uma vida? Acho que não. Uma vida vazia ainda é uma vida. E o vazio pode ser cheio. O vazio pode não ser vazio. Fala-se do vazio existencial, mas como é isso? Podemos enxergar o vazio nos outros? Ou é apenas um conflito de interesses?

Vazio existencial... Se existe, pode ser vazio? Como saber o estofo dos outros? O que carregam, como carregam, por que carregam, para onde carregam... Carregam?

Carregar pressupõe peso. Fardo. Por que será que imaginamos que os outros carregam alguma coisa? Fardo está associado a culpa, castigo, carma... Imaginamos que os outros carregam. E nós, carregamos?

Acesse o blog do filme aqui.

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