quarta-feira, 31 de março de 2010

Revolver - Gui Ritchie

Este é da série: filmes que assisti há um tempo atrás, escrevi no bloquinho e só agora resolvi digitar.


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As pessoas que assistem a este filme automaticamente podem ser divididas em dois grupos: os que adoraram e os que odiaram. Lendo criticas na internet e conversando com colegas, pude comprovar esta teoria.
Eu estou no grupo dos que adoraram. E isso me faz pensar nos motivos do ódio de alguns (e é ódio mesmo, a julgar pelas críticas).
Primeiro: o diretor não seguiu a mesma linha de outro filmes seus lançados anteriormente. Bom, isso pode ser um problema para fãs do "estilo" do diretor. Mas um diretor  não precisa fazer sempre o mesmo filme. Eu, como não lembro de ter assistido outro filme dele, adorei este. Não esperava nada,  e não espero outro igual.
Segundo (que pode se confundir com o primeiro): quando comecei a assistir na TV, pensei se tratar de um filme de ação (quase mudei de canal). O elenco e o tema nos levam a pensar isso. E muitos "compram" o filme pensando que é isto que vão receber. E até que recebem, Mas não só. E numa dose, provavelmente, menor do que esperam.
Terceiro: o filme tem boas e grandes doses de filosofia e psicologia. Muitos o acusam de ser uma obra de auto-ajuda. Devemos considerar que, atualmente, estes "muitos" confundem filosofia e auto-ajuda. Para eles qualquer questionamento é auto-ajuda.
Quarto: li críticas acusando o filme de ser confuso. E pode ser confuso para quem não está muito disposto a fazer um pequeno exercício de raciocínio. Sempre há os que que vão argumentar que cinema não é para pensar , mas sim para diversão. Argumento fraco, do qual discordo: cinema pode ser só diversão, e pode ser para pensar também. Aliás por que "pensar" não é ou pode ser uma diversão? Preguiça intelectual?

sábado, 20 de março de 2010

Barlavento

Voltamos agora há pouco de mais um excelente show proporcionado pelo Sesc.

O lado ruim de ir a um bom show, é que ficamos com vontade de que não acabe. Mas acaba. E mesmo que tenha bis (como foi o caso), é só um prolongamento da despedida.

Por mais clichê que seja, o som do sax rasga a alma. Então imaginem o resultado de um quarteto de saxofones.

Barlavento.

Não há muito mais o que falar. Música não se descreve. Se escuta. Se sente. Então vai lá no myspace do pessoal .
Se tiver oportunidade de ver ao vivo, não desperdice a chance.


Barlavento
Renato Santos: sax soprano
Rafael Lima: sax alto
Vicente Lenz: sax tenor
Gustavo Müller: sax barítono

Ana Althoff: produção executiva

domingo, 14 de março de 2010

Tantos livros

Me dá um vazio pensar em tantos livros existentes e a impossibilidade de ler todos eles.
Me dá um desespero ver tantos livros nas minhas estantes e não ter certeza de conseguir lê-los.

domingo, 7 de março de 2010

O Aleph - Jorge Luis Borges

Antes de cair na tentação de falar mal do livro - O Aleph, de Jorge Luis Borges - tenho que considerar que tenho problemas com livros de contos. Antes eram meus preferidos. Agora... falta profundidade. E não que os contos sejam rasos. Mas quando o ar vai faltar, a água baixa. Quero o mergulho mais profundo, o afogamento. A falta de ar constante, e não um salvamento por maré baixa. Umromancetedeixasemfôlego. Consome todo o ar e te empurra cada vez mais para o fundo. Só devolve a tona muito depois. O conto não. Quando o peito vai doer, o ar está de volta.
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E ao final... não é um mau livro. Tem contos ótimos. Outros nem tanto. Nenhum ruim. Mas tenho a impressão de ter gostado mais de "O livro de areia". Mas é só uma impressão. Não lembro das histórias. E com isso volto ao meu problema com livros de contos.

O Aleph - Jorge Luis Borges

Antes
Uma longa e doce expectativa.

Durante
Uma decepção lentamente construída. Uma luta para barrar essa mesma decepção.

Depois
A sensação de que pra vencer a expectativa, é preciso ser mais que genial. Mas há quem consiga.
Em suma, eu esperava muito mais. E não é culpa do livro nem do autor. É que a fama nos faz esperar tanto...

sábado, 6 de março de 2010

Sobre a brevidade

Livros de contos me parecem, as vezes, um triste desperdício de tempo. Nem bem terminamos de ler (se tanto), e já não lembramos da maioria das histórias.
A brevidade não fixa personagens na nossa memória.

terça-feira, 2 de março de 2010

Efemeride...

“A poesia sempre me pareceu um mistério, você não sabe dizer o que é, ela acontece ou não acontece.”
Hilda Hilst - Escritora brasileira (1930 - 2004)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sobre livros e o seu "fim"

"Uma rápido comentário sobre livros e e-books. A história mostra que 'livro' é qualquer suporte para a escrita e que esse dispositivo mnemônico evoluiu muito nos últimos milênios. Primeiro eram tabuletas de argila ou pedra, depois o vólumen com os papiros e pergaminhos, depois o códex medieval, que canonizou o formato que conhecemos hoje e que fez com que esse suporte fosse identificado com o 'livro' . Em seguida, justamente, começa o questionamento sobre o fim do livro pela desmaterialização desse tipo de suporte (o códex) com a tela dos computadores, seus hipertextos e agora os e-books e 'tablets' (vejam que voltamos à idéia original de 'tabuletas')." - André Lemos
Leia o restante aqui.