domingo, 18 de outubro de 2009

Indignação - Philip Roth



Muito bom livro. Mas não posso dizer que é ótimo. A trama se passa em 1951, quando os Estados Unidos estão lutando na Guerra da Coréia. Isso me deixa um tanto deslocado. Apesar de saber um pouco sobre essas guerras todas em que os norte-americanos se envolveram (Hollywood), elas não fazem parte dos meu verdadeiros conhecimentos históricos.
A história conta um pouco da vida de Marcus Messner. Uma história comum a vários jovens americanos daquela época. Jovens que tinham medo da guerra, e cuja uma das principais questões era estudar ou ser recrutado para a morte quase certa.
Mas Marcus era um jovem comum, sem necessariamente sê-lo. Sempre tinha que falar demais. Sempre o arrependimento pelo excesso de palavras. Sempre o excesso por causa da indignação. Sempre as atitudes precipitadas (ou não) pela falta de paciência. Mas quem pode julgá-lo sem vestir a sua pele?
Uma história de preconceitos. Intolerância. Conservadorismo. Uma crítica a tudo isso? Não diretamente, mas de certa forma o autor nos conduz a essa crítica. Pode-se lê-la também como uma crítica à rebeldia gratuita.
Não podemos esquecer que é uma história escrita nos anos 2000. E não em 1951. Então a crítica não é dirigida àquela época, mas a esta. E pensar que muito do que condenamos nos personagens do livro ainda existe hoje...

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