terça-feira, 13 de outubro de 2009

despertador às cinco horas


O despertador toca. Cinco horas da manhã. Não está habituado a acordar tão cedo. Não sente-se tão cansado como esperava. Mas ainda assim, cansado.
Olha pela janela do quarto e ainda está escuro. De vez em quando passa um pedestre na rua. Um trabalhador. Um vagabundo. Uma trabalhadora. Fica imaginando a vida de cada um dos passantes. Voltando ou saindo de casa?
Desce para a cozinha. No caminho liga o rádio para saber a temperatura. Mas o locutor não fala. Só músicas. Uma atrás da outra. Dá-se conta de que a emissora ainda está no piloto automático.
"...nos barracos da cidade, ninguém mais tem ilusão..."
Toma uma xícara de café e come um pedaço de bolo. Percebe que está realmente cansado quando o estômago, parado, não aceita muito bem o lanche. Sente um leve enjoo. Sabe que aquilo é sinal de que não dormiu o suficiente. O dia promete ser longo.

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