"Abri a janela e olhei para fora. A vista incidia sobre um varal de roupas e um terreno baldio; bem na ponta, onde se incendiara a oficina de ferreiro, operários retiravam do entulho uma fornalha arruinada. Debrucei-me à janela e examinei o céu. O dia seria esplêndido, sem dúvida. Estávamos no outono, estação delicada e fresca, em que as folhas mudam de cor, e passam desta para melhor. Começara a algazarra na rua, e o barulho me atraia para fora. Aquele quarto lúgubre, com o soalho balançando a cada passo, parecia antes um caixão desconjuntado." pág. 12
Duas citações à morte. Um início promissor para mais um livro sombrio. Juro que a escolha é aleatória e não proposital.
Mas já é possível perceber um pouco da poesia que Drummond consegue extrair ou acrescentar a uma tradução.
E um link para a página do autor.
domingo, 25 de outubro de 2009
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