Acabei de voltar do espetáculo musical "Aquele abraço".
Qual a minha sensação? Constrangimento. Não pelo show, que era ótimo. Mas pelo público, que era ínfimo. Não pelo público que lá esteve, mas pelo que não foi e preferiu ficar em casa assistindo a novela das oito ou das nove ou sei lá que horas.
Um constrangimento de cadeiras vazias.
Aquele abraço é um desfile pululante de canções da Tropicália e dos festivais dos anos 60 e 70. Todas super bem interpretadas por Jottagá, Angélica Rizzo, Chico Merg e Denner Zicca.
Cada cadeira vazia é um aplauso a mais que eu tenho que compensar.
E o melhor de tudo (pra variar) é que estas coisas belas se assiste aqui na minha cidade de graça. É. "De graças" ao Sesc. E mesmo assim as pessoas não vão. E não é por falta de divulgação (sempre tem alguns que alegam isso). Fosse cobrar R$ 15,00 e lotava.
Mas a música era maior que o constrangimento. Este, só tomava conta do ambiente (insistentemente) naquele silêncio entre uma música e outra. Quem puder ver, veja. E como eu já disse em outras ocasiões, quem perdeu...
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Fome - Knut Hamsun
"Abri a janela e olhei para fora. A vista incidia sobre um varal de roupas e um terreno baldio; bem na ponta, onde se incendiara a oficina de ferreiro, operários retiravam do entulho uma fornalha arruinada. Debrucei-me à janela e examinei o céu. O dia seria esplêndido, sem dúvida. Estávamos no outono, estação delicada e fresca, em que as folhas mudam de cor, e passam desta para melhor. Começara a algazarra na rua, e o barulho me atraia para fora. Aquele quarto lúgubre, com o soalho balançando a cada passo, parecia antes um caixão desconjuntado." pág. 12
Duas citações à morte. Um início promissor para mais um livro sombrio. Juro que a escolha é aleatória e não proposital.
Mas já é possível perceber um pouco da poesia que Drummond consegue extrair ou acrescentar a uma tradução.
E um link para a página do autor.
Duas citações à morte. Um início promissor para mais um livro sombrio. Juro que a escolha é aleatória e não proposital.
Mas já é possível perceber um pouco da poesia que Drummond consegue extrair ou acrescentar a uma tradução.
E um link para a página do autor.
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
...
já fui mais assíduo neste blog. Mas não abandonei a casa, nem o barco, nem a estrada.
As vezes o cansaço bate (e no meu caso, todo ano nesta época - quando algumas obrigações me tomam muito tempo e pensamento). Vou acumulando textos no caderninho (é as vezes eu escrevo a mão - muitas vezes. E as vezes eu gosto de usar parêntesis).
As vezes o cansaço bate (e no meu caso, todo ano nesta época - quando algumas obrigações me tomam muito tempo e pensamento). Vou acumulando textos no caderninho (é as vezes eu escrevo a mão - muitas vezes. E as vezes eu gosto de usar parêntesis).
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Efeméride 27
“Para não sofrer com a realidade exterior, as pessoas muitas vezes se estreitam, reduzem suas existências, e se fecham para os outros. A guerra apaga a face do outro, transforma-o em um estereótipo. E escrever é dar rosto aos outros.”
David Grossman - Escritor israelense
A várias definições sobre o ato de escrever. Muitas ou todas elas válidas sempre ou em alguns momentos. Hoje vi está aí. Uma boa definição para o que é escrever. "...dar rosto aos outros". Mesmo que sejam os outros por nós imaginados.
David Grossman - Escritor israelense
A várias definições sobre o ato de escrever. Muitas ou todas elas válidas sempre ou em alguns momentos. Hoje vi está aí. Uma boa definição para o que é escrever. "...dar rosto aos outros". Mesmo que sejam os outros por nós imaginados.
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domingo, 18 de outubro de 2009
Indignação - Philip Roth
Muito bom livro. Mas não posso dizer que é ótimo. A trama se passa em 1951, quando os Estados Unidos estão lutando na Guerra da Coréia. Isso me deixa um tanto deslocado. Apesar de saber um pouco sobre essas guerras todas em que os norte-americanos se envolveram (Hollywood), elas não fazem parte dos meu verdadeiros conhecimentos históricos.
A história conta um pouco da vida de Marcus Messner. Uma história comum a vários jovens americanos daquela época. Jovens que tinham medo da guerra, e cuja uma das principais questões era estudar ou ser recrutado para a morte quase certa.
Mas Marcus era um jovem comum, sem necessariamente sê-lo. Sempre tinha que falar demais. Sempre o arrependimento pelo excesso de palavras. Sempre o excesso por causa da indignação. Sempre as atitudes precipitadas (ou não) pela falta de paciência. Mas quem pode julgá-lo sem vestir a sua pele?
Uma história de preconceitos. Intolerância. Conservadorismo. Uma crítica a tudo isso? Não diretamente, mas de certa forma o autor nos conduz a essa crítica. Pode-se lê-la também como uma crítica à rebeldia gratuita.
Não podemos esquecer que é uma história escrita nos anos 2000. E não em 1951. Então a crítica não é dirigida àquela época, mas a esta. E pensar que muito do que condenamos nos personagens do livro ainda existe hoje...
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quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Indignação - Philip Roth
"Por mais que eu dissesse que estava melhor sem ela e que ela bebia pela mesma razão por que havia chupado meu pau, eu não conseguia parar de pensar em Olivia. Tinha medo dela. Eu era tão mau quanto meu pai. Eu era o meu pai. Não o havia deixado lá em New Jersey, enredado em suas apreensões e enlouquecido por premonições assustadoras: eu me transformara nele em Ohio." pág. 57
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quarta-feira, 14 de outubro de 2009
A cantilena dos medíocres
"Você está matando a cultura?
O Globo - 04/04/2009 - Por Leonardo Lichote
Um garoto de 13 anos, no computador de seu quarto em Buenos Aires, escreve um verbete para a Wikipédia — e, em Londres, uma dúzia de funcionários da enciclopédia Britannica é demitida. Uma banda iniciante da Suécia põe seu clipe no MySpace — e o executivo da gravadora brasileira reduz o orçamento para a gravação de seus artistas. O blogueiro-escritor posta aqui - e a editora encerra suas atividades lá. Essa versão da popular teoria do 'efeito borboleta', aplicada à economia cultural, é um resumo da tese defendida pelo angloamericano Andrew Keen em O culto do amador - como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores (Zahar, 207 pp., R$ 39,90). Na contramão das celebrações à 'internet democrática', o livro de Keen causou polêmica quando foi lançado nos Estados Unidos em 2007 e deu nova direção ao debate sobre o 'admirável mundo novo' digital."
Eu tenho uma teoria sobre o domínio da mediocridade nos tempos atuais. E diria que os medíocres não são esses que tem blogs ou bandas que divulgam suas músicas pela internet. Os medíocres são estes senhores estabelecidos que tem medo de novos atores no "seu mercado". Atores que tenham qualidade e ofusquem o seu parco brilho, que éramos obrigados a consumir a custos absurdos por falta de opção.
O Globo - 04/04/2009 - Por Leonardo Lichote
Um garoto de 13 anos, no computador de seu quarto em Buenos Aires, escreve um verbete para a Wikipédia — e, em Londres, uma dúzia de funcionários da enciclopédia Britannica é demitida. Uma banda iniciante da Suécia põe seu clipe no MySpace — e o executivo da gravadora brasileira reduz o orçamento para a gravação de seus artistas. O blogueiro-escritor posta aqui - e a editora encerra suas atividades lá. Essa versão da popular teoria do 'efeito borboleta', aplicada à economia cultural, é um resumo da tese defendida pelo angloamericano Andrew Keen em O culto do amador - como blogs, MySpace, YouTube e a pirataria digital estão destruindo nossa economia, cultura e valores (Zahar, 207 pp., R$ 39,90). Na contramão das celebrações à 'internet democrática', o livro de Keen causou polêmica quando foi lançado nos Estados Unidos em 2007 e deu nova direção ao debate sobre o 'admirável mundo novo' digital."
Eu tenho uma teoria sobre o domínio da mediocridade nos tempos atuais. E diria que os medíocres não são esses que tem blogs ou bandas que divulgam suas músicas pela internet. Os medíocres são estes senhores estabelecidos que tem medo de novos atores no "seu mercado". Atores que tenham qualidade e ofusquem o seu parco brilho, que éramos obrigados a consumir a custos absurdos por falta de opção.
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terça-feira, 13 de outubro de 2009
despertador às cinco horas
O despertador toca. Cinco horas da manhã. Não está habituado a acordar tão cedo. Não sente-se tão cansado como esperava. Mas ainda assim, cansado.
Olha pela janela do quarto e ainda está escuro. De vez em quando passa um pedestre na rua. Um trabalhador. Um vagabundo. Uma trabalhadora. Fica imaginando a vida de cada um dos passantes. Voltando ou saindo de casa?
Desce para a cozinha. No caminho liga o rádio para saber a temperatura. Mas o locutor não fala. Só músicas. Uma atrás da outra. Dá-se conta de que a emissora ainda está no piloto automático.
"...nos barracos da cidade, ninguém mais tem ilusão..."
Toma uma xícara de café e come um pedaço de bolo. Percebe que está realmente cansado quando o estômago, parado, não aceita muito bem o lanche. Sente um leve enjoo. Sabe que aquilo é sinal de que não dormiu o suficiente. O dia promete ser longo.
Olha pela janela do quarto e ainda está escuro. De vez em quando passa um pedestre na rua. Um trabalhador. Um vagabundo. Uma trabalhadora. Fica imaginando a vida de cada um dos passantes. Voltando ou saindo de casa?
Desce para a cozinha. No caminho liga o rádio para saber a temperatura. Mas o locutor não fala. Só músicas. Uma atrás da outra. Dá-se conta de que a emissora ainda está no piloto automático.
"...nos barracos da cidade, ninguém mais tem ilusão..."
Toma uma xícara de café e come um pedaço de bolo. Percebe que está realmente cansado quando o estômago, parado, não aceita muito bem o lanche. Sente um leve enjoo. Sabe que aquilo é sinal de que não dormiu o suficiente. O dia promete ser longo.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Indignação - Philip Roth
"E eu estava satisfeito com isso. No começo de minha vida madura, antes que tudo de repente ficasse tão difícil, eu tinha um grande talento para ficar satisfeito. Era assim desde a infância, e isso ainda fazia parte de meu repertório no primeiro ano da Robert Treat." pág. 20
É preciso de talento para ficar satisfeito.
É preciso de talento para ficar satisfeito.
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
E de novo, o preço dos livros
- Os cadernos de dom Rigoberto (Alfaguara, 236 pp., R$ 47,90), de Mario Vargas Llosa.
- Gustave Flaubert, A educação sentimental (Nova Alexandria, 416 pp., R$ 65).
- Ana Miranda: Yuxin (Companhia das Letras, 344 pp., R$ 51), com CD.
Alguém ainda quer defender a tese de que livros não são caros?
E os livreiros ainda querem aprovar uma tal de lei do preço fixo do livro. Pra que serve essa lei? Pra proibir os descontos.
O governo federal retirou os impostos da cadeia produtiva do livro. Livro não paga ICMS. O governo quis que a cadeia produtiva constituisse um fundo de incentivo à leitura com 1% do seu faturamento (abdicou de quase 10% quando eliminou os últimos impostos), mas os empresários foram contra porque isso seria aumento de impostos (sempre as meias-verdades). Agora parece que o tal fundo saiu, mas a contribuição será de 0,33%.
Os livros continuam caros mas os empresários do setor dizem que nos últimos anos o preço médio caiu. ãh ãh. Pena que a gente (nós poucos leitores que ainda sobramos no mundo) não percebeu. E percepção é tudo.
Aliás, alguém conhece algum outro setor com tantos incentivos?
Texto inspirado neste outro aqui.
- Gustave Flaubert, A educação sentimental (Nova Alexandria, 416 pp., R$ 65).
- Ana Miranda: Yuxin (Companhia das Letras, 344 pp., R$ 51), com CD.
Alguém ainda quer defender a tese de que livros não são caros?
E os livreiros ainda querem aprovar uma tal de lei do preço fixo do livro. Pra que serve essa lei? Pra proibir os descontos.
O governo federal retirou os impostos da cadeia produtiva do livro. Livro não paga ICMS. O governo quis que a cadeia produtiva constituisse um fundo de incentivo à leitura com 1% do seu faturamento (abdicou de quase 10% quando eliminou os últimos impostos), mas os empresários foram contra porque isso seria aumento de impostos (sempre as meias-verdades). Agora parece que o tal fundo saiu, mas a contribuição será de 0,33%.
Os livros continuam caros mas os empresários do setor dizem que nos últimos anos o preço médio caiu. ãh ãh. Pena que a gente (nós poucos leitores que ainda sobramos no mundo) não percebeu. E percepção é tudo.
Aliás, alguém conhece algum outro setor com tantos incentivos?
Texto inspirado neste outro aqui.
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Efeméride 26
"Uma imagem vale por mil palavras, não? Pois tente dizer isto sem as palavras".
Millôr Fernandes - Escritor brasileiro
Millôr Millôr Millôr. Ai ai. Já te considerei mais esperto. Claro que essa afirmação e minha réplica não levam a nada. Aliás, quem vai ler e dar atenção a minha réplica?
Mas voltando ao assunto da imagem, não é necessário dizer, basta mostrar uma imagem.
Palavras são falsas. Não diria que "mentem", mas não são as coisas, são só representações pobres e arbitradas. E nós, seres humanos, não temos outra opção de comunicação. Ou temos?
Millôr Fernandes - Escritor brasileiro
Millôr Millôr Millôr. Ai ai. Já te considerei mais esperto. Claro que essa afirmação e minha réplica não levam a nada. Aliás, quem vai ler e dar atenção a minha réplica?
Mas voltando ao assunto da imagem, não é necessário dizer, basta mostrar uma imagem.
Palavras são falsas. Não diria que "mentem", mas não são as coisas, são só representações pobres e arbitradas. E nós, seres humanos, não temos outra opção de comunicação. Ou temos?
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domingo, 4 de outubro de 2009
Alimentar-se
Tentamos (ao menos eu tento) comer como nossos pais diziam: porque isso é mais saudável que aquilo, porque é menos industrializado, é mais natural, tem mais vitaminas,... Ao mesmo tempo, os pais deles provavelmente comiam mais natural ainda, porque a cada geração mais industrialização. E talvez eles tentassem fazer o mesmo. Mas vem outros e dizem que hoje temos uma higienização muito melhor nos processo de fabricação/industrialização dos alimentos. E que é tudo mais asséptico, com menos bactérias e contaminação (nem tábuas de corte de madeira devemos usar, ao contrário dos antigos). Daí aperecem uns terceiros que dizem que quanto mais processado o alimento, mais calórico ele é. E que quanto mais em seu estado natural, menos calórico.
Nisso tudo, uma hora não devemos comer manteiga, ovos, beber café ou chá preto porque todos são venenos mortais. No dia seguinte devemos consumir todos os citados anteriormente porque são a salvação da espécie humana.
E nós, como ficamos no meio dessa balbúrdia toda? (Desconfio que os cientistas não sabem de nada - ou sabem o quanto as empresas produtoras de determinados alimentos investem nas suas pesquisas). Talvez a opção seja alimentar-mo-nos de sol. Mas isso vai contra certos interesses, e os pesqusiadores dizem que é impossível. Mas o que fazer se alimentos são veneno e sol não sustenta?
Bom, eu cá já tomei minha decisão. Fico feliz com o que tenho pra comer, e como de tudo. Porque, pensando bem, em uma época em que cada vez mais se fala que não há/haverá alimentos para toda a população da Terra, já é ótimo ter o que comer.
E que venham as fritas, o McDonalds, o café e a salada.
Nisso tudo, uma hora não devemos comer manteiga, ovos, beber café ou chá preto porque todos são venenos mortais. No dia seguinte devemos consumir todos os citados anteriormente porque são a salvação da espécie humana.
E nós, como ficamos no meio dessa balbúrdia toda? (Desconfio que os cientistas não sabem de nada - ou sabem o quanto as empresas produtoras de determinados alimentos investem nas suas pesquisas). Talvez a opção seja alimentar-mo-nos de sol. Mas isso vai contra certos interesses, e os pesqusiadores dizem que é impossível. Mas o que fazer se alimentos são veneno e sol não sustenta?
Bom, eu cá já tomei minha decisão. Fico feliz com o que tenho pra comer, e como de tudo. Porque, pensando bem, em uma época em que cada vez mais se fala que não há/haverá alimentos para toda a população da Terra, já é ótimo ter o que comer.
E que venham as fritas, o McDonalds, o café e a salada.
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sábado, 3 de outubro de 2009
Ainda sobre Após o anoitecer, de Haruki Murakami
Perder-se na noite. Perder-se na noite de uma cidade grande, enorme. Imagine toda impessoalidade que isso implica. Adotar essa madrugada como sua morada (ao menos por uma noite). Refugiar-se em bares que nunca fecham. Refugiar-se na companhia desconhecida. Na impessoalidade.
Pessoas que se conhece pelos instantes de uma noite. E depois, quem sabe, nunca mais encontra-se.
Mari, a personagem principal, tem uma parede que a separa dos outros. Assim como todos os outros. Takahashi, o "diferente" da trama, tem o poder de perfurar paredes. É através dele que penetramos no universo de Mari. E por tabela no de Eri, a irmã "bela adormecidada" de Mari.
Mas mesmo com esse poder, transpassar a parede de Mari leva algum tempo. E no período de uma madrugada o que conseguimos observar pela brecha aberta não é muito. Mas, esse pouco alimenta nossa imaginação.
Apesar de Murakami embalar a história basicamente em jazz, Placebo parece ser a trilha sonora perfeita.
Pessoas que se conhece pelos instantes de uma noite. E depois, quem sabe, nunca mais encontra-se.
Mari, a personagem principal, tem uma parede que a separa dos outros. Assim como todos os outros. Takahashi, o "diferente" da trama, tem o poder de perfurar paredes. É através dele que penetramos no universo de Mari. E por tabela no de Eri, a irmã "bela adormecidada" de Mari.
Mas mesmo com esse poder, transpassar a parede de Mari leva algum tempo. E no período de uma madrugada o que conseguimos observar pela brecha aberta não é muito. Mas, esse pouco alimenta nossa imaginação.
Apesar de Murakami embalar a história basicamente em jazz, Placebo parece ser a trilha sonora perfeita.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
hoje as imagens são por sua conta.
riscos azuis. claros e escuros.
rosa. pingos de tinta atirados.
mozart. música. mais tinta. em pingos pequenos. andante allegro.
verde. amarelo. transição para um rock.
roxo. vermelho. laranja. riscos. aleatórios.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
e então?
rosa. pingos de tinta atirados.
mozart. música. mais tinta. em pingos pequenos. andante allegro.
verde. amarelo. transição para um rock.
roxo. vermelho. laranja. riscos. aleatórios.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
silêncio.
e então?
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