domingo, 19 de julho de 2009

Para tudo

“E, na peneiração, existe um lance que eu simplesmente não entendo. Por que sempre para quando o trabalho em questão foi reduzido a 60 ou 70 mil palavras?” – Frenesi Polissilábico – Nick Hornby – pág. 77

Eu não era a favor do acordo ortográfico da língua portuguesa. Mas, já que foi aprovado, vamos lá. Tratei de aceitá-lo e aos pouco incorporá-lo ao meu dia-a-dia. Continuo achando que as ideias ficaram menos luminosas, mas que jeito. De qualquer forma, esse acordo não unifica nada. Os portugueses vão continuar chamando de frigorífico o que nós brasileiros nomeamos de geladeira.
Já estou me acostumando às mudanças. Mas hoje, pela primeira vez, deparei-me com um “para”. Que susto. Desaprendi a ler? Repeti a frase três vezes até me dar conta de que não era um erro. Era um acento caído que fazia falta. E como faz falta.
Acho que “para” vai ser uma das maiores dificuldades. “Para tudo, dá-se um jeito” ou “para tudo dá-se um jeito”? As vírgulas vão ganhar importância. Vão ser o acento caído. Se bem que... olhando de perto, aquilo ali não é uma vírgula. Olhe bem, é um acento agudo se escondendo no meio da frase.



Quem sabe poderíamos adotar o stop?

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