Assim como livros que iniciam bem e depois descambam ou me decepcionam (Amsterdam, de Ian McEwan é um caso de que me lembro), tenho sempre a esperança de que o autor vai conseguir me surpreender ali na esquina, ao virar a próxima página (Senhora, de José de Alencar, é um exemplo – e aposto que alguns pensaram que não teria nenhum para citar). Sim, eu sei que na maioria das vezes não há salvação. Mas e se houver? Se a surpresa estiver ali nas últimas páginas? Eu quero estar presente.
Ainda não apareceu nenhum livro que ganhou a batalha. Nem sempre venci por nocaute. Já tive vitórias sofridas, por pontos. Mas estou invicto.
Às vezes acho que todo livro vale a pena. Amsterdam ganhou o Booker Prize. Alguém gosta ou gostou dele. Talvez não seja meu estilo de literatura. Talvez não fosse o momento certo. Por isso sempre dou uma chance.
“Eu tinha lido algo sobre Moneyball em algum lugar; o livro foi altamente recomendado pelos atendentes da Book Soup, e quando, finalmente, No Name caiu derrotado e sem vida a meus pés, virei-me para o livro de Lewis: pareceu mais adequado.” pág. 46
Ao ler este trecho de Frenessi Polissilábico, de Nick Hornby, fiquei com vontade de escrever este texto. E agora, enquanto o copiava, pensei em mais um outro comentário que ele também permite. Mas fica para o próximo post.
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