Palavreio - Leandro Maia
Muito. Demais.
Um bom show de música. E o que faz com que seja bom, mas não ótimo? Esse "demais".
Ótimos músicos. Muitos deles. Uma coleção de gente que entende do assunto. Marcelo Delacroix. Marcelo Corsetti. Andrea Cavalheiro. Mimo Ferreira. Pedrinho Figueiredo. Lucio Dorfman. Sei lá quem mais. Nem lembro. Uma concepção interessantíssima, que mistura texto, poesia e música. Um som exuberante. Leandro Maia com uma voz e interpretações perfeitas.
Mas aí que está o problema (acho). É tudo bom "demais". Alguma coisa desaparece. Falta. O que? Talvez um pouco mais de sentimento. A emoção que transborda de Leandro, falta nos outros. Vê-se que ele está encantado com o palco. Com o show. Com o "seu" momento. Mas alguns ali, não estão. Literalmente, não estão na apresentação. Podem estar em qualquer outro lugar, mas não ali.
Estrelas demais. Não sei o que é. Quero explicar mas não consigo. É muito lindo, mas não é. Falta. Falta por que sobra?
Os músicos competem com Leandro?
Não quero afirmar. Não posso afirmar. Quero entender. Sim é muito lindo. Muito audível. Mas essa falta me incomoda.
Mas é bom. É muito bom. E minha queixa é por saber que falta só um risco pra alguma coisa a mais acontecer. Por saber que dali pode sair um arrebatamento. Um encantamento de levitação. Daqueles que tira a alma do chão.
Pena que não surgiu um coro pedindo um bis. (eu queria.)
Como se sente um músico quando não pedem bis? (sei que alguns acham uma falta de educação "pedir bis". Mas no país do bis qual o sentimento? Qual?)
Não deixem de ir. Talvez fosse o meu momento que não permitiu o salto.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
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eu estava lá.
ResponderExcluiracho que a genialidade da arte é sacar uma simplicidade e não criar complexidades.