domingo, 26 de abril de 2009

O cheiro do ralo

Um bom filme. Nota 8.
Em alguns momentos torna-se um pouco monótono, mas não a ponto de ficar insuportável. Culpa do roteiro, mas imagino que ele seja intencionalmente construído assim.
A vida do personagem é monótona. Uma repetição contínua de objetos velhos e tipos estranhos. Uma obsessão repetitiva com o cheiro que vem do ralo. Uma obsessão com orifícios. E com um buteco que serve comida ruim.
Talvez um reflexo da paranóia provocada pela solidão de uma cidade grande. Pelo excesso de concreto que cerca as pessoas. Sim, há muita solidão e espaços vazios e paredes de concreto. E coisas velhas. E bizarras.
O filme causa um estranhamento nos mais desavisados. Deixa um cheiro impregnando o ambiente. Pra mim, não foi exatamente o cheiro do ralo, mas o odor gordurento característico de uma lanchonete barata. Xis egg. E o cheiro de fumaça/fuligem que gruda nas roupas e não sai mais.
Os figurinos são excelentes.
Site oficial do filme aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário