sábado, 14 de novembro de 2009

Não pode


Estamos vivendo a época do não pode: não pode camas de bronzeamento, não pode beber, não pode fumar, não pode publicidade, não pode Aquarius fresh, não pode H2O, não pode hamburger, não pode, não pode, não pode...
Muitas dessas proibições tem vindo da Anvisa. Cuidado, esse ministro da saúde é muito pior que o Chavez (o da Venezuela, não o da TV - apesar de serem tão atrapalhados quanto). Um ditador nato.
Mas não é só ele. Olhem o número de projetos na câmara, no senado, nas assembléias legislativas e nas câmaras municipais, cujo objetivo único é proibir.
O que está por trás disso é grave: é uma profunda necessidade paternalista de saber e poder escolher o que é melhor para os outros. Mas já não são só conselhos, são ordens. Não pode e pronto.
Já não nos dão o direito de escolha. Já não nos dão o direito a dúvida. Políticos beirando o analfabetismo (mas não a canhalhice), lêem qualquer estudo divulgado por aí e saem criando leis. Leis que não reseitam a diversidade opinião.
As leis deveriam ser criada apenas para regular o bom convívio das pessoas. Mas ultimamente elas estão sendo feitas para dizer o que podemos ou não fazer.
Eu não fumo. Não gosto de cigarros, mas acho absurdo não poder existir nos restaurantes uma área para fumantes. Só entra nessa área quem quiser. Ah, mas temos que proteger os garçons. Mas para isso existem outras possibilidades.
E há os absurdos: o governo, de um lado (por um ministério), faz campanha para aumentar o consumo de vinho produzido no Brasil. Por outro lado (outro ministério), só não proíbe a venda de bebidas alcoólicas (instituição da lei seca) porque a pressão é muito grande. Gastam dinheiro com campanhas e incentivos de um lado, gastam mais dinheiro com campanhas e fiscalizações do outro. Um ato anula o outro.

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