segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Fragmentos rodrigueanos


Mais uma vez vou escrever sobre uma peça de teatro que assisti já há algum tempo. Bom, quem sabe serve de referência para alguém que ainda vá assistí-la ou como troca de experiências com outros que também assistiram.

Uma coletânea de esquetes baseada nos textos da série "A vida coo ela é", de Nelson Rodrigues.
Todos ótimos. E muitos deles engraçados. Sim, engraçados. A adaptação dos textos fez um excelente trabalho transformando a ironia e o sarcasmo em humor (sob medida para os palcos). Um humor refinado, cruel. Mas um humor necessário.
Acho que seria difícil pessara pelos 75 minutos de encenação se todos os textos tivessem o peso original de um Nelson Rodrigues. Mas este peso está lá. E o humor só faz aumentá-lo. Todos riem à vontade. E de repente, nos dois últimos esquetes, a paulada. No último ato, ele vem tão forte que o público silencia. Prepare-se para o último riso. Mas de trás da cortina vem o chute na boca do estômago.

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