domingo, 8 de novembro de 2009

Coraline - O filme


Desde que soube que Coraline, de Neil Gaiman, seria adaptado para o cinema, fiquei curiosíssimo para ver o resultado. Pois bem, aí está.
Coraline, o filme de animação, chama atenção pela beleza dos traços do desenho. E pela qualidade e técnica da animação. Nada super power mega inovador. Mas bonito.
Quanto ao enredo, funciona. Mas como quase sempre acontece, quem leu o livro vai ficar um pouco decepcionado. A história está toda ali. Mas falta. Falta aprofundar alguns pontos. Explorar melhor algumas situações e personagens. Quem sabe, até explicar um pouco mais algumas coisas (para isso preciso da opinião de alguém que não leu o livro: a história é todos os personagens estão compreensíveis e se justificam?)
Outra coisa que chama minha atenção nessas adaptações, é a necessidade do roteirista em acrescentar algo ou alguém na história. Se o original é bom, por que fazer isso? É uma incapacidade de admitir que o original está completo?
Para quem já assistiu (spoiler):
o menino não existe no livro. Claro que não atrapalha. Mas também não soma. Talvez até tire um pouco do sentido das aventuras de Coraline.

Em mim ficou essa pergunta que não cala: se não consegue dar conta de colocar no filme toda história que está no livro, por que acrescentar elementos novos que roubam ainda mais tempo? E isto não é só para este caso. Acontece em quase todas as adaptações.
Sim, eu sei: são adaptações. Mas... mas... Para o não leitor, não faz diferença (ou faz, por estar comprando gato por lebre?). Já para o leitor (e desconfio que estes filmes sejam feitos especialmente para os fãs do escritor), fica a incompreensão.

Um comentário:

  1. ai cristi, volta.
    palavras nem são para chegar aos outros, mas pra chegar e fugir da gente mesmo.

    um cheiro,
    a.

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