quarta-feira, 14 de abril de 2010

Reproduzindo...

Estudo tenta decifrar nosso gosto pela ficção
Folha de S. Paulo - 12/04/2010 - Por Patricia Cohen
Professores de inglês e estudantes de pós-graduação se dizem convencidos não só de que a ciência oferece "insights" inesperados sobre textos individuais, como que ela pode ajudar a responder perguntas sobre a própria existência da literatura: Por que lemos obras de ficção? A que se deve nosso interesse por personagens inexistentes? Jonathan Gottschall, que já escreveu sobre o uso da teoria evolutiva para explicar a ficção, identifica "um novo momento de esperança" em uma era em que todos falam sobre "a morte das humanidades". Para ele, a abordagem científica pode resgatar os departamentos de literatura das universidades do mal-estar que os vem acometendo nos últimos 15 anos. Chegar às origens do fascínio das pessoas pela ficção e a fantasia é, segundo ele, "mapear o país das maravilhas". Os romances de Jane Austen frequentemente são construídos em torno de interpretações equivocadas. Em Emma, a heroína supõe que as atenções do sr. Elton assinalam um interesse romântico por sua amiga Harriet, quando, na realidade, ele quer se casar com a própria Emma. Ela também erra ao interpretar os comportamentos de Frank Churchill e do sr. Knightly, confundindo-se quanto aos verdadeiros objetos de seus afetos.

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