sábado, 17 de julho de 2010

É probido proibir

Um ótimo texto do Paulo SantAna. Vale a pena a leitura.


Severas proibições

17 de julho de 2010

É o tempo da proibição, estão proibindo tudo.
Noto que estão proibindo o sexo.
Primeiro, proibiram o sexo anal, por causa da aids.
Agora estão proibindo o sexo oral, causa câncer na boca.
E vão acabar proibindo o sexo manual.
Ora, vão se lixar! Proíbam logo o desejo.
*
Ah, áureos tempos aqueles em que eu fazia sexo três vezes por dia. Ah, esplendorosos tempos em que eu fazia tanto sexo, que por vezes era obrigado a fingir que tinha orgasmos.
Ah, belo tempo da grande demanda sexual, eu fazia sexo em casa à noite, sexo depois do Sala de Redação e finalmente sexo antes de ir para casa. Era bala e bala, um tiroteio.
*
Mas, se não me importo mais com a proibição do sexo por ter vencido meu prazo de validade, importo-me todavia com as outras proibições que me atingem: noto uma campanha na mídia para que não se coma massa nem arroz, ambos contêm imensa carga de carboidratos, fatais para o organismo.
Cá para nós, se não podemos comer arroz e massa, o que afinal iremos comer?
Então vamos comer carne? Mas há uma enxurrada de recomendações científicas para que não se coma carne vermelha.
De que cor querem que eu coma a carne, então? Azul?
*
Nem vou falar nos conselhos ou imposições para que a gente não fume. Já virou uma chatice o antitabagismo.
E também nos condicionam para não beber.
E os telespectadores, ouvintes, leitores, diariamente são aconselhados tanto a não consumir cocaína quanto ovo, que altera o colesterol.
A cocaína, lá sei eu o que altera.
*
Não se pode fumar maconha, cheirar cocaína, mas, por outro lado, o paciente é condicionado a não comer doces ou quaisquer outros alimentos que contenham açúcar.
O pobre do ouvinte fica atarantado. Esses dias, li um artigo que condena a ingestão de todas as espécies de biscoitos e bolachas.
Só não ouvi ainda conselho para não comer verduras e legumes. Prega-se que se deve comer verduras e legumes. Muita verdura, sempre verdura, proclamam os vegetarianistas.
Mas eu quero declarar veementemente que não sou coelho!
*
Proíbem-nos de fazer sexo e de comer a gordura da picanha. Mas, se não se pode comer a gordura da picanha nem a carne vermelha, não se pode comer a picanha em si. Como se irá imbecilmente evitar a gordura da picanha?
Quem sabe, nos permitam que comamos charque. Ah, charque não, porque está embutida nele alguma gordura.
Chegou-se ao cúmulo nos conselhos científicos de condenar-nos o consumo do sódio, isto é, do sal.
Mas, se nos proíbem todas as comidas, de que adianta nos proibirem o sal?
Sal, açúcar, ovos, doces, massas, arrozes, tudo proibido, de que acham esses metodologistas vamos nos alimentar?
Está impossível viver assim, eles vão acabar nos convencendo de que é agradável morrer.
De inanição.
Já notaram que essas campanhas proibicionistas têm um só objetivo, que é nos privar de todo e qualquer prazer?
Sádicos!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

wiki

a wikipedia em português (lusófona, para quem preferir) é um lixo. editores = censores. editores mal educados (podem não ser todos, mas há muitos - basta ver as discussões em alguns artigos, e nem é preciso procurar muito). tem até uma "panelinha" de editores.
alguns ofendem muito os usuários que também querem colaborar. e dizem: construam a sua história aqui para serem respeitados. mas atacam esses "novatos" levando-os a desistirem.
e qual a solução que eles propõe para a wikipedia em português melhorar? contribuam. escrevam. pra quê? pra eles apagarem os artigos?

talvez algum desses "editores" apareça por aqui e diga que não é bem assim. que realmente há alguns maus elementos, mas são poucos. que isso e que aquilo. mas, acabei de ler uma discussão entre editores e o nível é baixíssimo. não recomendável para ninguém. educação, lá, não existe. uma fogueira de vaidades.

fora isso, não consulto a wikipedia para mais nada, que já vi barbaridades suficientes por lá.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

retomando

vi umas fotos de moda urbana japonesa e fiquei morrendo de vontade de ler um livro do Haruki Murakami.
Mas como não tenho nada dele a mão, vou apelar pra uma ficção ciberpunk mesmo, que deve dar conta do recado.